quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

ROBERTO ALMEIDA ENTREVISTA ANTÔNIO JOÃO

ANTÔNIO JOÃO REVELA DETALHES DE SUA CANDIDATURA

EXCLUSIVO - O blog enfrentou a "fera" de  Lajedo. Havia o receio de que a conversa não fosse amena, afinal de contas desde o começo dessa história temos sido dos mais críticos em relação a essa pré-candidatura. Isso porque Antônio Dourado nunca morou em Garanhuns e não tem serviços prestados à cidade, além de ter sido lançado de forma sorrateira.  Esperávamos, então, que o homem tivesse pelo menos um pouco de mágoa em relação ao jornalista. Mas como este é o nosso trabalho e muitos já cobraram aqui mesmo neste espaço uma entrevista com o socialista, quando se apresentou a oportunidade resolvemos aceitar a parada. Ele usou da mesma fala mansa com a qual se apresentou na Rádio Marano e em nenhum momento foi grosseiro com o repórter. Estratégia política ou não, o fato é que não deu "porrada", não mordeu e saímos inteiro dPublicar postagema conversa.

Antônio João, 59 anos,  é filho do médico Antônio Dourado, que foi um dos primeiros prefeitos de Lajedo e morreu o ano passado, com mais de 100 anos de idade. De Garanhuns conhece muito pouco, apenas estudou no Colégio Diocesano, na sua juventude. É formado em Engenharia Elétrica e  funcionário da Chesf, de onde está para se aposentar. Na vida pública foi dirigente de Suape, Secretário Estadual, Secretário do Município do Cabo de Santo Agostinho, exerce o terceiro mandato de prefeito em sua terra natal, dirigiu a Codeam duas vezes e atualmente preside a Associação Municipalista de Pernambuco, AMUPE.

Para facilitar a vida do leitor, preferimos dar ao bate papo o formato de ping pong, destacando os pontos mais importantes, numa interpretação livre do que foi abordado.

R.A. - Por que o Sr. resolveu de candidatar a prefeito de Garanhuns?

A.D. - Porque recebi uma missão. O governador Eduardo Campos recebeu 93% dos votos de Garanhuns e é extremamente grato com a população local. Possivelmente nenhum candidato conseguirá no município um percentual igual ao dele. Por isso ele quer ajudar a cidade e entendendo que aqui há a necessidade de um gestor resolveu me convocar e aceitei o desafio.

R.A. - Mas o seu nome enfrenta forte resistência de amplos setores da sociedade local...?

A.D. - É natural. Eu sou prefeito de Lajedo, meu trabalho tem sido voltado para minha terra. Mas não vim para cá tomar o lugar de ninguém ou fazer inimizades. Quero construir, unir as pessoas e dá uma contribuição para que Garanhuns possa se desenvolver.

R.A. - Seu próprio partido, o PSB, não está unido em torno do seu nome...?

A.D. - É verdade. Alguns companheiros defendem outras opções, porém estamos conversando e temos certeza de conseguiremos o maior grau de unidade possível, de modo a construir a candidatura e um projeto para Garanhuns, que é maior do que tudo isso.

R.A. - E como ficam os outros pré-candidatos da base aliada, como Izaías Régis e Zé da Luz?

A.D. - Temos o maior respeito por todos os candidatos. E devemos ter em mente os interesses de Garanhuns. Defendo uma campanha propositiva e civilizada a tal ponto que amanhã, caso Izaías vença a eleição, eu possa de alguma forma colaborar com o governo dele e com a cidade. Da mesma forma se o vitorioso for Zé da Luz. E se eu vencer espero também contar com eles. Não quero ninguém como inimigo ou adversário pois precisamos nos unir em torno de um projeto para Garanhuns.

R. A. - Dizem que se o Sr. for prefeito de Garanhuns os cargos da prefeitura serão loteados. Virá gente de Lajedo, os prefeitos Eudson e Sandoval indicarão secretários, o ex-prefeito Nenen poderá ocupar um espaço importante...

A.D. - Não estou trabalhando com essa possibilidade. Não há nenhum compromisso dessas pessoas indicarem secretários ou diretores ou virem a ocupar cargos na prefeitura. Caso eu seja prefeito a equipe será escolhida preferencialmente entre os garanhuenses, desde que sejam pessoas qualificadas. Porque teremos mais do que ninguém a obrigação de escolher uma equipe de alto nível.

R. A. - Outra ideia que se consolidou na cidade é que o Sr. vem para o município com muito dinheiro, será o candidato do poder econômico. Se fala até que na sua campanha serão gastos em torno de 10 milhões de reais?

A. D. - De forma nenhuma haverá abuso de poder econômico. Pretendo fazer os gastos normais de uma campanha, confeccionando o material de propaganda, contratando bons profissionais para produzir um bom guia eleitoral de rádio, esses gastos que todo candidato terá de fazer.

R.A. - O Sr. disse numa entrevista na Rádio Marano que o governador Eduardo Campos estará na sua campanha em Garanhuns, contudo ele tem dito à imprensa da capital que nos municípios onde existem mais de um candidato da base aliada haverá respeito aos outros partidos...

A.D. - Garanhuns é um caso diferente porque aqui estou cumprindo uma missão do governador. Ele virá sim participar da minha campanha.

R.A. - A maior parte dos blogueiros, radialistas e jornalistas de Garanhuns batem na sua pré-candidatura. Não aceitam o seu nome. Qual o seu sentimento com relação à imprensa local?

A.D. - A imprensa cumpre seu papel e reflete esse choque inicial que houve em relação ao meu nome. Quero dizer no entanto que tenho o maior apreço pelos blogueiros, radialistas e jornalistas e gostaria de ter uma oportunidade de me reunir com esses profissionais e expor os meus pontos de vista. Respeito os que se posicionam contra, mas quero dizer que no caso de vencer a eleição não vou hostilizar ninguém, até porque vou precisar de todos para desenvolver meu projeto em Garanhuns.

R. A. - É verdade que o Sr. está trazendo muitos eleitores de Lajedo para votar em Garanhuns?

A.D. - Como sou candidato em Garanhuns, possivelmente minha mulher e meus filhos virão votar em mim. Não quero que nenhum outro eleitor de Lajedo deixe de votar lá, em sua cidade.

R.A. - E o seu irmão, o deputado Marcantônio Dourado?

A.D. - Continuará eleitor de Lajedo e deputado de Lajedo. Caso eu me eleja prefeito de Garanhuns, Marcantônio disputará a reeleição apoiado pelas bases que sempre teve. Aqui em Garanhuns nós apoiaremos o candidato do município e meu irmão deverá ter uma votação equivalente a que sempre teve.

R. A. - Finalmente, o que Antônio João quer de Garanhuns?

A.D. - Nosso projeto foi discutido previamente e não foi anunciado mais cedo porque não tivemos condições de fazer isso. A discussão envolveu o partido, o governador, assessores dele, prefeitos da região do Agreste e fizemos pesquisas no município. O povo de Garanhuns está ansioso por um gestor público. Há uma vontade enorme do governador Eduardo Campos, do ex-presidente Lula e da presidenta Dilma de ajudar Garanhuns. Nós estamos inseridos neste contexto e queremos contribuir com a cidade, junto dessas lideranças e da população local.


Fonte: http://robertoalmeidacsc.blogspot.com

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