sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012

Pernambuco tem investimentos recordes de R$ 4,6 bilhões

Dados divulgados pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) confirmam o crescimento econômico de Pernambuco. Em 2011, foram R$ 4,6 bilhões movimentados em 20.351 financiamentos. É um aumento de 8,4% em relação a 2010, ano em que a economia pernambucana recebeu R$ 4,2 bilhões da instituição. Segundo o chefe do Departamento Regional Nordeste do BNDES, Paulo Guimarães, o resultado é o melhor dos últimos dez anos, mas desconsidera 2009, ano em que foram movimentados R$ 13 bilhões em créditos, devido à Refinaria Abreu e Lima, da Petrobras, em obras no Complexo de Suape. “Os números elevam Pernambuco a um novo patamar de financiamentos a longo prazo”.

O Nordeste foi a única região do País em que os desembolsos do BNDES cresceram. Enquanto em 2010 o banco liberou para a Região R$ 17,2 bilhões em financiamentos, no ano passado, o volume de recursos liberados chegou a R$ 18,8 bilhões, um incremento de 9%.

As micro, pequenas e médias empresas (MPMEs), segmento importante para a geração de empregos, responderam por 94% dos financiamento em 2011. Para Guimarães, o resultado é positivo, pois significa que elas estão aproveitando o aquecimento da economia do estado “Elas aproveitam a vinda das grandes empresas para oferecer seus serviços, e o aumento da renda estadual para conquistar cada vez mais sua fatia do mercado”, afirmou.

O crescimento em Pernambuco foi alavancado, sobretudo, pelo desempenho da indústria de transformação. Nesse setor, os destaques foram para o segmento químico, que recebeu R$ 1 bilhão (aumento de 11%), o têxtil, para o qual foram desembolsados R$ 672,8milhões (aumento de 140%), o de bebidas, que teve acesso a R$ 237,2 milhões (aumento de 173%) e o de mineral não metálico, que responde por R$ 93,4 milhões (aumento de 202%). Guimarães afirma que os resultados se devem ao surgimento de novos segmentos industriais, como o petroquímico, e ao estímulo às tecnologias sintéticas, no caso do polo têxtil. Já o setor de bebidas, segundo ele, registrou crescimento graças à diminuição do desemprego e ao aumento da renda.

Também cresceu o número de financiamentos para o setor de comércio e serviços. Destacaram-se os segmentos de transporte terrestre, que teve acesso a R$ 796,5 milhões, impulsionado pela renovação da frota de caminhões, além da aquisição de novos veículos. Outro destaque vai para o da atividade imobiliária, profissional e administrativa, puxada pelo investimento em centros comerciais, e que responde por R$ 237,1 milhões do total de financiamentos.

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